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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Dia dos finados!

Fonte: Caminho da Consciência 
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Embora eu nada tenha contra homenagear entes queridos que já partiram e respeite reverentemente quem o faz, sinceramente, nunca vou a cemitérios por uma razão: além do pessoal administrativo e de eventuais visitantes, não há ninguém lá.

Os restos mortais das pessoas que amo e que já partiram não são elas; são só restos mortais em sepulturas. 

O corpo é apenas a ferramenta que a alma ganhou de presente quando veio a este mundo, e só tem significado enquanto for habitado pela vida.

Um corpo sem vida não é mais "o Fulano"; é só um corpo sem vida. Se saudável, serve para doação de órgãos, e só. 

O Fulano, tendo partido, não quer nem saber de mais nada aqui. 

O Fulano, tendo sido absorvido pela Vida, não está nem aí -- literalmente -- se o corpo que lhe serviu de instrumento na Terra for velado num templo secular com pinturas de Michelângelo e elementos arquitetônicos feitos de ouro ou se for posto numa caixa de maçãs argentinas e jogado na vala comum.

A vida, que é tão rara, é o que requer todo cuidado, carinho e atenção enquanto aqui se está.

A perpetuação da vida eternidade adentro é o que me faz viver com o coração carregado de esperança. 

A certeza de que pela força da Ressureição gerada na Cruz do Cristo eu também já ressuscitei com Ele é o que me aquece a alma e me anima a viver.

Um dia eu -- eu mesmo, minha essência -- deixarei meu corpo aqui e serei absorvido pela Vida. 

Nesse dia, por favor, não 'quero honras nem promessas', só 'lembranças e histórias'.

Nesse dia, por favor, apenas permitam que retirem daquilo que foi o meu 'hardware' na Terra o que prestar para doação de vida a outros e, sem nenhuma cerimônia, na vala comum descartem em paz as sobras numa caixa de maçãs argentinas.

Nesse dia, proíbo todos os que me amam de gastar dinheiro com o meu ex-corpo. Peço-lhes que peguem a grana que gastariam com um funeral e façam uma festa bem legal, celebrando a minha transição desta vida para a Vida. E na festa vale tudo, menos sertanejo, axé, funk e pagodinho anos 90. Refrigerante faz mal; prefiram cerveja, uísque e vodka.

Por fim, amigos e amados, para o seu próprio bem, não traiam meu desejo: eu vou ficar sabendo, hem!

Fausto Castello

Livro da vida: O que queres que eu te faça?

Livro da vida: O que queres que eu te faça?: Quero cura para o meu interior todas as vezes que ele se desintegrar em meio as lutas, provações e tentações da vida. Quero discernimento...

O que queres que eu te faça?


Quero cura para o meu interior todas as vezes que ele se desintegrar em meio as lutas, provações e tentações da vida.

Quero discernimento para contemplar o Reino de Deus além das exterioridades e formalidades pragmatizadas pelas tradições e doutrinas humanas.

Quero graça para chorar as minhas dores não com os sonidos do desespero, mas com o cântico da esperança.

Quero tua alegria em dias de paz e tranquilidade, não com o riso da altivez e insolência , mas com a graciosidade de um coração sincero e simples.

Quero coragem para viver a verdade e abandonar a mentira. Não é fácil contrariar a multidão, reconhecer os erros pessoais e ser integro em meio a uma geração que cultua a corrupção, a deslealdade e mentira.

Quero a tua luz. Se iluminares a minha vida com teu amor, graça e perdão jamais andarei em trevas. Não perecerei nas confusões de minha própria alma.
     

Senha perdida...

Consegui, depois de quase três meses, lembrar da senha que me dá acesso ao blog.

Voltarei a postar alguns fatos que considero indispensáveis, apesar de ser muito deficiente na escrita.

Abraços a todos

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Morre lentamente

Morre lentamente: "Prezado leitor, Alguns textos parecem imortais e sua simples leitura ou releitura tem o poder de nos despertar para a vida e seus imensos ..."

Morre lentamente


Prezado leitor,

Alguns textos parecem imortais e sua simples leitura ou releitura tem o poder de nos despertar para a vida e seus imensos significados. O texto a seguir é um exemplo destes "pergaminhos" eternos.


MORRE LENTAMENTE 
Por: Pablo Neruda


Morre lentamente,
quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente,
quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente ,
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor, ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente,
quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente,
quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco e
os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente,
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece,
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo
exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar.